sábado, 11 de agosto de 2012

Apenas por acaso

Sabem aquela nossa vontade de por vezes implicar-mos com os outros apenas para os fazer ver que estão errados? Errados ou não, é a noção das atitudes um tanto "ridículas" (se é este o termo mais correcto...) da grande maioria que por aí avança. Foi o que me levou desta vez a agir: peguei nas palavras deles, de raiva e pessimismo guardadas e partilhadas, e virei-as ao contrário. Outra vez lembrei-me duma situação engraçada: pegar numa das imagens que partilharam no mural deles e fantasiá-la com sarrabiscos e na sua frase apaguei algumas letras ao calhas, e transformei totalmente o sentido da frase. Antes, parece ter resultado dali 2 ou 3 frases sem que a pontuação fosse realmente necessária. Causa estranheza do outro lado, sem que seja preciso muito. E continuam a carregar esses sentimentos nas costas como se alguém os tivesse colocado lá. Mas não. Se lhes disser que essa não fora a pessoa que outrora conhecera, não responderá, ou se responder, será para justificar a opção tomada. Não quero opções dessas, aliás, para pessimismo imenso já basta o meu naqueles dias que tempestade. Gosto de ver o sorriso no rosto e a alegria no coração. Não sabem o poder que têm no coração, de conquistar e ultrapassar a nossa compreensão. Não entenderão, presumo, o porquê das minhas escolhas. Tantas as vezes ensaiadas os teatros e os dramas, sou actriz de ginga! Fantasiando a própria realidade, por vezes é bom fingir que vivemos num mundo diferente, e a janela doutra cor, deixa-nos olhar para um horizonte longínquo e permite-nos gastar as emoções que trazemos na bagagem... Foge por aí, sussurro-lhes ao silêncio deles. Quero apenas viver a Felicidade de cada dia, como cada pessoa me aproveita o tempo. Creio que por vezes fazemos crer que nos conhecem de todo. Ora revolucionários um dia, para todo o sempre revolucionário! Não: meus caros, a Lua tem uma face mas comunica 4 fases. Sou uma Lua, portanto! Para quê arranjar razões e justificações para tal beleza de Lua? Vamos antes contemplá-las, juntos, ao luar, partilhando sossegos, momentos, fantasias, histórias, palavras. No fim, percebes que não te valerá de nada tentares que desistam das mágoas. Prefiro então ficar neste meu canto, rezar-lhes e em silêncio, tentarei que mudem. A novidade, o novo penetra-nos bem mais fundo. Já alguma vez te cansaste do mar? Cada onda é única, dentro de uma mesma água, cada onda traz uma nova história para contar. Seria incapaz de separar onda a onda, não faz sentido! O mar sorri, ao passo que um dia te poderá entreter e afogar-te. É incrível que todos tenhamos uma força de cada lado dentro de nós. Não interessa jogar com uma delas, porque lá no fundo, somos puramente inocentes. Queremos ser amados, ter companhia, sentir que nos querem, que nos desejam, que gostam de nós, como somos, sem que precisemos de lhes estampar na cara aquilo que somos, um misto de quereres e não quereres; aquilo que não gostamos também é parte de nós. Tu és um "não gosto de vento" e eu um "gosto de poesia". Pois, mas que tem uma coisa a ver com a outra? Talvez um pouco... a partilha de gostos e não-gostos une-nos. Algo que num momento não nota-mos, mas na tua ausência irei pensá-lo. Noutro momento, depois de um tanto de tempo à experiência, contratei a minha conclusão: não importa que eles estejam errados porque nessa altura não vão admiti-lo. Antes, vou perder tempo nas minhas coisas e quando puder irei partilhá-lo, e por fim, dar-lhe a entender, que só se aproveita aquilo que se faz. Não estás aqui, portanto nada fazes. Mentira... Memórias firmes, as quais não me deixaram até hoje mantêm bem presentes aquilo que me deixaste de bom e de mau. Memórias dizem-me que, ainda que alguma coisa possa vir a mudar, riqueza de sentido e de grandeza não faltam! A ti amigo, dedico todo o meu tempo e não-tempo! Estarás sempre no coração e, se algum dia duvidares, terás a porta aberta e acredita! Dúvidas arruinam-nos por completo... Transformam muitas vezes receios e dúvidas em certezas absolutas, um dia descartam-nas fora e renovam. O tempo dedicado a isso não foi tempo perdido... Espero que tenhas aprendido com isso... Amigos não são aqueles que muitas vezes queremos lá, tantas e tantas vezes são amigos as almofadas e as flores, despertando estranhos sentimentos de conforto sem um único gesto expresso; deixam-nos fazer deles o que queremos. São belas, são confortantes, únicas. "A minha almofada é melhor que a tua!", revolta-se. Então reduz-se a si mesmo. Fim. 

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