Quando o que realmente precisamos é deles...
Era olhar para as palavras do Eça e do Pessoa e concordar
Como podiam ser capazes de olhar ontem, hoje e amanhã sem o viver?
Querendo ser-se grande a alma engrandece pouco
O pequeno sobe alto
Precisamos dos outros, do mundo
Antes, pedia que o mundo olhasse para mim independentemente do meu mau feitio
Quando hoje peço que o mundo olhe o meu bom feitio
Demorou tanto a ter e hoje que tenho
Tem-se o mundo em tamanha revolta
Tantas fraquezas e julgamentos
Tanto advogado e juiz
Sem réu
E uma condenação
A falta de amor
Que de nós parte
E por aí se fica
Longe não quer ir
As crianças mais novas têm de aprender a querer ir longe
Somos crianças em construção
Estes adultos que por aí andam
Em busca dum mundo melhor
Que lhes caía aos pés senhores
Crianças admiram o admirável
Elas não entendem a tua falta de tempo
Entendem pois a tua ausência
Um génio em construção, que fica pela metade
Um génio aparece no dia certo
Cortaram-se os dias. Fica dispendioso
Meu senhor, os meus pêsames mas a sua vida foi hipotecada...
É como se os velhos sábios morressem antes de poderem sequer escolher um jovem rapaz para ser um aprendiz digno e honroso
Sem sabedoria e vida nada se é
Essa sabedoria parte do que ficou
Se por cá ficou o desejo da liberdade voada
Não conheço
Não existe
A liberdade está no ódio e na prisão
Pois do mal se aprende o bem
O bom coração aquele que guarda todas as cicatrizes
E não chora
Curaram, passaram e andaram
Génio, de bom coração não procuramos
Pedimos que cresçam, sozinhos mas cresçam
Venha a nós o vosso reino
Assí nal terra como nul czéu
Qe sonhos precisas tu, meu peqeuno?
Qe mágoas guardas, mue coraçau?
Qe lo mo piedes coraçau?
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