Não posso acreditar que um dia imaginei que pudesse sequer mudar o mundo. Fui tão ingénua... crer que algo assim fosse possível... Se nem eu percebo o meu fundamento...
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
I'm so cold...
Não me digam que estamos a ser abandonados por todos aqueles que de nós gostam... É mentira tamanha! Sempre estive aqui deste lado sem esperança que muitos olhassem para aquilo que sou. A esperança reside em acreditar que vão ouvir aquilo que escrevo. Não nasci para discursar em frente a uma multidão por mais génio ou mestre que possa ser, mas a cada um que me lê dou a maior das forças para que siga em frente. Os escolhidos sobrevivem. É a minha última crença... Nem todos têm o direito de viver, apenas os que o merecem viver! A vida é um bem muito precioso, e demasiado grande para muitos corações que por aí batem.
No meio de tantos outros, existe sempre alguém que merece a nossa fé e amor, ainda que nunca nos vá pertencer e, ainda que possa nunca entregar-me de verdade, esse alguém existe para mim. É em cada palavra que me abro ao mundo.
Parece-me que só as estrelas sentem o meu caminhar...
Como será que entendem as minhas palavras se lhes abrir o meu verdadeiro coração? Será que vão ouvir-me de novo?
E a Lua que desde cedo me sorri, aquela em quem confio, todos a vêem, apenas me escolheu a luta e a verdade.
Não caio em discursos do comum e inoportuno. Que a verdade corre por mim desde que me conheço. Não escolhi seguir este caminho. Fui condenada a ele. Abrindo os olhos, a cor do céu é bem mais azul que pensara. I'm so happy... O que pode a princípio ser um fardo, torna-se uma missão inagualável. Como um traidor sem pátria, o caminho vai iluminado nossos passos e o hino soa tão claro. "Finalmente. Casa." Era tão simples. Quisera complicar. Eles não olharam aquilo que somos, o que somos permanece aqui dentro. Fora viviam essas máscaras rijas e difíceis. Por mais resistentes, a dor atingia o centro, dor essa transmutava-se em amor a ti.
O que agora é um tão querer-te e desejar-te, depois morre, e já não possuir-te. Mas eu sou essa que no fim, o pensamento quebra e vai ter perto de ti. O que hoje quero tem de ser aquilo que logo já não quero? E o não-querer não é um "eu"? O "eu" desenha-se numa folha branca e simples. A perfeição nasce no meio de sarrabiscos sujos e à toa. Nasci mulher deste jeito que ninguém entende nunca. Nasci "eu" por mais que rejeite. "Eu".
Esperam o "Dia que nunca mais chega". Esperam perdidamente. Adiam sonhos e dias inevitáveis. Adiam uma vida; que pode ser vivida ainda hoje. Não há culpa; ou solução. Não há fé. Preciso de morrer. Quero renascer.
Acorrenta-se ao espelho em que neles se vêem.
Quando me odeio, pensando em ti, volto a amar-me como me sei amar.
Quero sentir. Quero viver. Foi o que pedi...
Toda a gente muda. Porque não aceitar esse facto? Deixarei de ser quem tenho sido?
Vou tentar não sentir o mesmo. Tenta apenas lembrar-te do meu nome...
No quarto vazio, cheio de emoções, deixo repousar pequenas grandes memórias. O sonho da noite passada, e a preocupação que sinto chegar, ao bater do coração, juntam-se à minha existência. Vivo para aprender a ver que tudo isso é apenas uma parte de mim. Sem mim, eles não existem. Eles não existem. Os sonhos meus te perturbam, eu te acalmo. Estou aqui, esperando por ti... Será que vens? Sim, eu sei que vens... No meu acreditar nasce a tua chegada, na minha fé nasceste tu. Um quarto não é nunca vazio...
Light my fire...
Pensava que era verdade...
Paramos na "bomba de gasolina", depois de uma longa viagem. Por sinal cansativa. O verão por si só cansa. Descansa-se a alma por assim ser. Traz muita "coisa" na sua bagagem. Nunca gostei muito de dizer que a mala vai mais vazia; que nunca vai de todo...
O que receamos em viver sozinhos?
A solidão?
A escuridão?
A velhice?
Paredes mortas, que se prontificam a ouvir-nos os suspiros e murumúrios?
Pesadelos?
O coração está lá a nosso lado...
Alma e sangue de mulher, martir de luta e orgulho. Nunca esquecida, nunca lembrada. Sua presença é subtil, sua ausência um limite.
O mundo de hoje não está errado, o Homem é que ainda não encontrou o seu lugar.
Quem não conhece a sua origem e natureza, mal saberá o rumo a tomar e que fazer.
Que vale ao Homem ganhar a Humanidade, se perder sua alma?
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